O acesso a direitos e
a reivindicação de inclusão e combate ao preconceito estiveram na pauta da
reunião “Ações e políticas públicas para mulheres lésbicas e bissexuais”,
realizada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República (SPM-PR) na quinta-feira (29/11). Aberto pela ministra Eleonora
Menicucci, da SPM, o encontro teve a presença de lideranças nacionais dos
movimentos de lésbicas e bissexuais e de representantes do governo federal.
A
ministra das Mulheres saudou o grupo lembrando que se tratava da primeira
reunião com o segmento, organizada pela Coordenação de Diversidade da SPM,
instituída na sua gestão. “Temos o compromisso em incluir a igualdade de gênero
e os direitos de mulheres lésbicas e bissexuais na pauta do governo federal.
Esse é um compromisso antigo do governo federal que se expressa dentro desse
ministério”, disse.
Ao
falar do espaço atual que ocupa, a ministra das Mulheres citou os limites
governamentais. “O campo do governo exige responsabilidade e compromisso. Por
vezes, os diálogos são mais difíceis na medida em que estamos negociando com os
diferentes”, pontuou. Ela recuperou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
de união civil de pessoas do mesmo sexo, em maio de 2011, a qual considerou
como conquista para a igualdade de gênero e reconhecimento jurídico da
diversidade sexual.
Dentre
as demandas apresentadas pela sociedade civil, destacaram-se as das áreas de
educação, trabalho e enfrentamento à violência contra as mulheres. "Uma
questão a ser levantada é a capacitação da mulher lésbica, que não tem acesso à
educação. Nós precisamos garantir essa capacitação”, reivindicou Maria Goretti
Gomes, integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) pela Liga
Brasileira de Lésbicas.
Já
Anahí Guedes, representante do Comitê de Identidade de Gênero da Universidade
de Santa Catarina, apontou os crimes motivados por lesbofobia. Para ela, um dos
obstáculos é a visibilidade da violência contra a mulher lésbica ainda pouco
registrada pelos serviços públicos de segurança, saúde, assistência social e
justiça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário