segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cooperação entre governo federal e ONU apoia mobilização pela saúde da população negra


A Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra foi debatida nessa quinta-feira (16/08), em Brasília, durante o seminário “Interseccionalidade de Gênero, Raça e Etnia”, promovido pelo governo federal, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e pelas Nações Unidas.
O Dia da Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra, 27 de outubro, foi criado em 2006. No ano seguinte, ativistas de organizações da sociedade civil – ligados aos movimentos negro e mulheres negras e de defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) – criaram a Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra.
Racismo na saúde - Para a oficial de Programa em Saúde Reprodutiva e Direitos UNFPA, Fernanda Lopes, foi fundamental o reconhecimento em 2006, pelo Ministério da Saúde, da existência de racismo no Sistema Único de Saúde. Foi a partir daí que houve a possibilidade de criação do Dia da Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra.
Outro marco citado por Fernanda foi a implantação, em 1995, de um grupo de trabalho interministerial para valorização e promoção da população negra. No mesmo ano, houve a criação do Programa Nacional de Anemia Falciforme pelo Ministério da Saúde – até então, era considerada uma doença étnica.
Com a criação da Seppir, em 2003, foi também criado o Comitê Técnico de Saúde da População Negra no Ministério da Saúde. Em 2004, o Plano Nacional de Saúde colocou o tema da saúde negra em seu texto. Com a publicação “Saúde da população negra: em busca da equidade” tiveram início os debates sobre o racismo existente no SUS, o que foi admitido, em 2006, pelo Ministério da Saúde. Naquele mesmo ano, o movimento negro obteve uma cadeira no Conselho Nacional de Saúde.

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