A
Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra foi debatida nessa
quinta-feira (16/08), em Brasília, durante o seminário “Interseccionalidade de
Gênero, Raça e Etnia”, promovido pelo governo federal, por meio da Secretaria
de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e pelas
Nações Unidas.
O
Dia da Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra, 27 de outubro, foi
criado em 2006. No ano seguinte, ativistas de organizações da sociedade civil –
ligados aos movimentos negro e mulheres negras e de defesa do Sistema Único de
Saúde (SUS) – criaram a Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População
Negra.
Racismo
na saúde - Para a oficial de Programa em Saúde Reprodutiva e Direitos UNFPA,
Fernanda Lopes, foi fundamental o reconhecimento em 2006, pelo Ministério da
Saúde, da existência de racismo no Sistema Único de Saúde. Foi a partir daí que
houve a possibilidade de criação do Dia da Mobilização Nacional Pró-Saúde da
População Negra.
Outro
marco citado por Fernanda foi a implantação, em 1995, de um grupo de trabalho
interministerial para valorização e promoção da população negra. No mesmo ano,
houve a criação do Programa Nacional de Anemia Falciforme pelo Ministério da
Saúde – até então, era considerada uma doença étnica.
Com
a criação da Seppir, em 2003, foi também criado o Comitê Técnico de Saúde da
População Negra no Ministério da Saúde. Em 2004, o Plano Nacional de Saúde
colocou o tema da saúde negra em seu texto. Com a publicação “Saúde da
população negra: em busca da equidade” tiveram início os debates sobre o
racismo existente no SUS, o que foi admitido, em 2006, pelo Ministério da
Saúde. Naquele mesmo ano, o movimento negro obteve uma cadeira no Conselho
Nacional de Saúde.
Para maiores
informações acesse o site da Secretaria de Políticas para Mulheres. http://www.sepm.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2012/08/17-08-2013-cooperacao-entre-governo-federal-e-onu-apoia-mobilizacao-pela-saude-da-populacao-negra
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