Os centros de referência de atendimento à mulher
foram tema do debate realizado pelo Grupo de Trabalho instalado pela Secretaria
de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, nesta quarta-feira
(17/10). Entre os temas, foi abordada a perspectiva na melhora no funcionamento
desses espaços e o debate de como esses espaços poderão contribuir ainda mais
no enfrentamento à violência contra as mulheres.
A secretária Executiva da SPM, Lourdes Bandeira,
que coordenou os trabalhos, ressaltou que os centros representam um lugar de acolhimento
e orientação para as mulheres em situação de violência. De acordo com ela, mais
do que receber orientações, essas mulheres precisam ser ouvidas. “Precisamos
desenvolver uma cultura auditiva para entender certos tipos de violência, já
que em muitos casos, ela não deixa marcas visíveis. Trata-se da chamada
‘violência sem sangue’, que também pode ser entendida como violência
psicológica”. Alertou que, mesmo não sendo visíveis, elas deixam marcas tão profundas
quanto as agressões físicas.
A coordenadora do Centro de Referência da Maré no
Rio de Janeiro e professora da Universidade Federal do RJ (UFRJ), Lilia Pougy, reforçou
a importância da capacitação dos profissionais que trabalham nos centros e uma
continuidade no atendimento às vítimas de violência doméstica, “até que ela se
sinta protagonista de sua própria vida”.
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